In the Court of the Crimson King: uma experiência diferenciada

In the Court of the Crimson King: uma experiência diferenciada

Depois de navegar pelo Rock Clássico, comecei a entrar no Rock Progressivo e o King Crimson foi uma das primeiras bandas a ser ouvida. Lembro-me que o In the Court of the Crimson King foi a porta de entrada ao grupo e eu já fiquei doido com o primeiro riff soado no CD.

Logo depois, a experiência foi melhorando e em pouco tempo esse álbum entrou entre os meus preferidos. Por isso, resolvi escrever detalhadamente sobre o que eu sinto com cada música gravada nele.

Vale ressaltar que não é uma das experiências mais digestas, pois o In the Court of the Crimson King tem várias coisas diferentes. No entanto, vale a ouvida nessa pérola que revolucionou o Rock Progressivo. E claro, também mexeu com os ouvidos dos integrantes do Carminium.

Influências do King Crimson no Carminium

Posso dizer que na realidade, essa influência vem mais pelo nosso pézinho no Metal Progressivo que por vezes faz com que nossas músicas tenham estruturas bem loucas. E essa loucura vem bastaaaaante do King Crimson. É o que acontece na Taxi Driver que tem diversas nuances, principalmente na seção instrumental (assim como no In The Court of the Crimson King).

In the Court of the Crimson King faixa a faixa

O álbum todo tem uma timbragem muito estranha para os ouvidos atuais, é verdade. No entanto, qualquer um que ouvir o In The Court of the Crimson King na integra vai perceber algo de diferente. Pode ser uma sensação boa ou ruim, depende da pessoa.

Capa do álbum In the Court of the Crimson King
Capa do álbum In the Court of the Crimson King

Ruim se ela não se familiarizar com a timbragem que tem umas coisas bem diferentes (até mesmo pra época) ou se ela não curtir as doideiras. Afinal, o álbum tem umas passagens que não são tão bem digeríveis como um Pink Floyd da vida.

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Mas a sensação será boa se você imergir nas estruturas doidas que o King Crimson fez no In the Court of the Crimson King. Muito diferente do que vemos na discografia do Rush, Yes, Pink Floyd e outras. Então, prepare-se para uma experiência diferente (e ótima)!

21st Schizoid Man

Essa é, com certeza, a minha faixa preferida do álbum. O riff inicial é muito bem construído trazendo a junção do saxofone e da guitarra que dão um certo peso junto da bateria. Essa, aliás, faz umas viradas bem doidas ao longo da música.

Outro ponto bem legal é a voz que aparece em poucas vezes, mas sempre distorcida e trazendo um ar ainda mais estranho à música. Mas claro que o poto mais alto dessa música do In the Court of the Crimson King é a sessão instrumental.

A canção que se mostrava bem doida, mas ainda arrastada, flui para algo bastante jazzy no aos 2 min e segue assim quase até o fim. É uma bela porta de entrada pra quem quer conhecer as mudanças que acontecem em bandas de rock progressivo. Nota 5/5

I Talk To The Wind

Depois de 7 minutos de pura intensidade e doideira, o In the Court of the Crimson King vai te fazer relaxar com uma música beeeeem calma. Essa é a minha segunda música preferida do álbum e acho que esse contraste ajudou bastante a cravar a minha concepção.

I Talk To The Wind é bastante carregada por uma flauta singela e mantém a calmaria por 6 minutos. No entanto, isso não significa que ela é uma música chata. Muito pelo contrário!

Inclusive, alguns ouvidos mais atentos vão perceber como a bateria faz vários movimentos legais ao longo da música. E mais: os solos de flauta são lindos! Um deleite pra qualquer um que ouvir o In the Court of the Crimson King. Nota 5/5

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Epitaph

Depois de um ótimo início na bateria, a Epitaph segue em uma crescente até chegar ao refrão. Os teclados vão aumentando essa sensação de crescida até que tudo arrefece novamente para umas frases na guitarra.

Essa é uma música muito bem construída e é mais uma para você ouvir e sentir a vibe do King Crimson. No entanto, não me pega tanto quanto as outras do In the Court of the Crimson King por causa das suas muitas idas e vindas.

Pra mim, poderia ter um pouco menos de tempo e seria ótima. Mas vale ressaltar que o refrão é maravilhoso e, pra quem curte viajar nessas idas e vindas, ela é perfeita! Nota 3/5

Moonchild

Essa é a faixa mais longa do In The Court Of The Crimson King e apesar disso ainda a prefiro em relação a anterior. Principalmente por causa da melodia vocal que no início da música me lembra bastante a I Talk To The Wind.

Mas pra mim ela também peca um pouco na extensão, pois a música fica vááários minutos numa dinâmica muito baixa e sem acontecer tanta coisa. Novamente, é algo pra você viajar e vai de cada um embarcar ou não. Eu sou dos que embarco um pouco mais nessa. Nota 3,5/5

The Court Of The Crimson King

De todas as músicas extensas do álbum, a In The Court of the Crimson King minha predileta. O refrão é bem legal e realmente me lembra toda a força que a 21st Schizoid Man tem. Novamente, é bem provável que isso aconteça por causa da junção da bateria com a levada da banda

E essa levada vem muito por causa dos coros que são bem legais e ajudam a trazer grandiosidade. Também vale ressaltar a passagem que acontece em 2:19 que é maneiríssima, trabalhando quase como um interlúdio.

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E o que dizer do solinho de flauta que aparece no meio da In The Court of The Crimson King? Bonitinha demais e ainda fecha o solo caindo para outro clima completamente diferente na volta do verso.

Por fim, eu realmente gosto do fato dessa música voltar diversas vezes para o refrão. Até porque eu sou um dos defensores de que os compositores têm que ressaltar o que é bom. E se um refrão é suficientemente forte, porque não voltar, né? Nota 5/5.

Eu realmente adoro esse álbum, por isso a nota final ficou em 4,3. Acho que foi a maior de todas as resenhas que fiz aqui no blog, né? Pois é, mas ainda vem mais por aí.

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Cláudio Feitosa

Vocalista e tecladista da Carminium, fã de Rock Clássico, filmes e culinária. Vascaíno sofredor nas horas vagas

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